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Paracetamol





Física





1. Grupo Farmacoterapêutico e DCI(s)

Denominação Comum Internacional (DCI): Paracetamol (Acetaminofeno).

Grupo farmacoterapêutico: Analgésicos não opiáceos e antipiréticos. Código ATC: N02BE01. Pertence à classe das anilidas derivadas do para-aminofenol, com efeito analgésico e antipirético, mas pouca ação anti-inflamatória.

2. Indicações Principais

O paracetamol é utilizado para o tratamento sintomático de:

É também um analgésico de primeira linha para a maioria das formas de dor aguda e crónica, podendo ser utilizado isoladamente para dores ligeiras ou em combinação com outros analgésicos (como opioides ou AINEs) para dores mais intensas.

3. Mecanismos de Ação

4. Aspectos-Chave da Posologia e Modo de Administração

Adultos: A dose habitual de paracetamol para adultos é de 500 mg a 1 g, administrada 2 a 4 vezes por dia. Deve ser respeitado um intervalo mínimo de 4 horas entre as administrações, preferencialmente de 6 a 8 horas. A dose máxima diária não deve exceder 4 g para evitar o risco de hepatotoxicidade.

População pediátrica: A dosagem para crianças deve ser ajustada conforme o peso corporal, com base na recomendação de 10 a 15 mg/kg/dose, administrada a cada 4 a 6 horas. A dose máxima diária para crianças é de 60 mg/kg/dia, sem exceder 4 doses em 24 horas. Existem formulações pediátricas específicas.

Insuficiência hepática: Em doentes com insuficiência hepática, a dose de paracetamol deve ser reduzida para um máximo de 2 g/dia, devido ao risco aumentado de toxicidade hepática. Monitorização frequente da função hepática é essencial.

Insuficiência renal: O ajustamento da dose depende do clearance de creatinina (ClCr):

Monitorização da função renal é recomendada em casos de insuficiência renal grave.

Via de administração: Paracetamol pode ser administrado por via oral (tem biodisponibilidade de 88% e atinge o pico de concentração plasmática 90 minutos depois da ingestão), retal ou intravenosa (IV). A via IV deve ser reservada para pacientes incapazes de tomar medicamentos por via oral e, devido ao custo elevado, deve ser substituída pela via oral o mais rapidamente possível.

5. Efeitos Adversos e Precauções/Contraindicações Relevantes

Efeitos adversos comuns: O paracetamol é geralmente bem tolerado, mas pode causar náuseas, vómitos, sonolência ligeira e sudorese.

Efeitos adversos raros: Reações alérgicas graves (anafilaxia), trombocitopenia e agranulocitose, alterações hepáticas, incluindo hepatite medicamentosa.

Precauções: O uso prolongado de paracetamol pode levar à hepatotoxicidade, especialmente em doentes com:

Em casos de sobredosagem, acetilcisteína deve ser administrada para prevenir hepatotoxicidade.

6. Interações Clinicamente Relevantes

7. Aspectos-Chave da Utilização em Populações Especiais

8. Informação aos Doentes

9. Monitorização

Eficácia: Monitorizar o alívio da dor com escalas de dor e rever o tratamento conforme necessário.

Segurança: Monitorização da função hepática em pacientes de risco ou em tratamentos prolongados. Em caso de sobredosagem, monitorizar níveis de paracetamol no sangue e função hepática.

10. Notas Adicionais

11. Pérolas para a Utilização na Prática Clínica

12. Bibliografia

INFOMED

Drug Bank

Hitchings, A., Lonsdale, D., Burrage, D., & Baker, E. (2023). The top 100 drugs: Clinical pharmacology and practical prescribing (3ª ed.). Elsevier.

Wiffen, P. J., Derry, S., Moore, R. A., McNicol, E. D., Bell, R. F., Carr, D. B., McIntyre, M., & Wee, B. (2017). Oral paracetamol (acetaminophen) for cancer pain. Cochrane Database of Systematic Reviews.

Stephens, G., Derry, S., & Moore, R. A. (2016). Paracetamol (acetaminophen) for acute treatment of episodic tension-type headache in adults. Cochrane Database of Systematic Reviews.

Abalos, E., Sguassero, Y., & Gyte, G. M. (2021). Paracetamol/acetaminophen (single administration) for perineal pain in the early postpartum period. Cochrane Database of Systematic Reviews.

Sévaux, J. L. H., Damoiseaux, R. A. M. J., van de Pol, A. C., Lutje, V., Hay, A. D., Little, P., Schilder, A. G. M., & Venekamp, R. P. (2023). Paracetamol (acetaminophen) or non-steroidal anti-inflammatory drugs, alone or combined, for pain relief in acute otitis media in children. Cochrane Database of Systematic Reviews.

Ohlsson, A., & Shah, P. S. (2020). Paracetamol (acetaminophen) for prevention or treatment of pain in newborns. Cochrane Database of Systematic Reviews.

Derry, S., & Moore, R. A. (2013). Paracetamol (acetaminophen) with or without an antiemetic for acute migraine headaches in adults. Cochrane Database of Systematic Reviews.

Cooper, T. E., Fisher, E., Anderson, B., Wilkinson, N. M. R., Williams, D. G., & Eccleston, C. (2017). Paracetamol (acetaminophen) for chronic non-cancer pain in children and adolescents. Cochrane Database of Systematic Reviews.

Chiew, A. L., Gluud, C., Brok, J., & Buckley, N. A. (2018). Intervenções para sobredosagem de paracetamol (acetaminofeno). Cochrane Database of Systematic Reviews.

Toms, L., McQuay, H. J., Derry, S., & Moore, R. A. (2008). Single dose oral paracetamol (acetaminophen) for postoperative pain in adults. Cochrane Database of Systematic Reviews.

Li, S., Yue, J., Dong, B. R., Yang, M., Lin, X., & Wu, T. (2013). Acetaminophen (paracetamol) for the common cold in adults. Cochrane Database of Systematic Reviews.

Saragiotto, B. T., Machado, G. C., Ferreira, M. L., Pinheiro, M. B., Shaheed, C. A., & Maher, C. G. (2016). Paracetamol for low back pain. Cochrane Database of Systematic Reviews.

Leopoldino, A. O., Machado, G. C., Ferreira, P. H., Pinheiro, M. B., Day, R., McLachlan, A. J., Hunter, D. J., & Ferreira, M. L. (2019). Paracetamol versus placebo for knee and hip osteoarthritis. Cochrane Database of Systematic Reviews.

Prior, M. J., Codispoti, J. R., & Fu, M. (2010). A randomized, placebo-controlled trial of acetaminophen for treatment of migraine headache. Headache: The Journal of Head and Face Pain.


Bisoprolol





Física





1. Grupo Farmacoterapêutico e DCI(s)

Denominação Comum Internacional (DCI): Bisoprolol.

Grupo farmacoterapêutico: Bloqueadores seletivos dos recetores beta-adrenérgicos (beta-bloqueadores cardioselectivos). Código ATC: C07AB07. O bisoprolol é um agente bloqueador beta1-adrenérgico altamente seletivo, sem atividade simpatomimética intrínseca e com atividade estabilizadora de membrana negligenciável.

2. Indicações Principais

O bisoprolol está indicado para o tratamento de:

3. Mecanismos de Ação

4. Aspectos-Chave da Posologia e Modo de Administração

Hipertensão arterial e angina de peito crónica estável:

Insuficiência cardíaca crónica estável:

O tratamento requer uma fase de titulação cuidadosa sob supervisão médica:

Durante a titulação, monitorizar frequentemente os sinais vitais e sintomas de agravamento da insuficiência cardíaca. Se necessário, a dose pode ser ajustada ou reduzida temporariamente.

População pediátrica: Não se recomenda o uso de bisoprolol em crianças e adolescentes, devido à falta de dados de segurança e eficácia.

Modo de administração: Os comprimidos devem ser tomados de manhã, com ou sem alimentos, e ingeridos com água. Não devem ser mastigados ou esmagados.

5. Efeitos Adversos e Precauções/Contraindicações Relevantes

Efeitos adversos comuns:

Precauções:

Contraindicações:

6. Interações Clinicamente Relevantes

7. Aspectos-Chave da Utilização em Populações Especiais

8. Informação aos Doentes

9. Monitorização

Eficácia: Monitorizar a pressão arterial, frequência cardíaca e sintomas associados à condição tratada (angina, insuficiência cardíaca).

Segurança: Observar sinais de bradicardia, hipotensão, broncospasmo e reações alérgicas. Em pacientes com insuficiência renal ou hepática, monitorizar função renal e hepática periodicamente.

10. Notas Adicionais

11. Pérolas para a Utilização na Prática Clínica

12. Bibliografia

INFOMED

Drug Bank

Hitchings, A., Lonsdale, D., Burrage, D., & Baker, E. (2023). The top 100 drugs: Clinical pharmacology and practical prescribing (3ª ed.). Elsevier.


Semaglutido





Física





1. Grupo Farmacoterapêutico e DCI(s)

Denominação Comum Internacional (DCI): Semaglutido.

Grupo farmacoterapêutico: Medicamentos usados no tratamento da diabetes, análogos do péptido-1 semelhante ao glucagon (GLP-1). Código ATC: A10BJ06.

2. Indicações Principais

O semaglutido é indicado para o tratamento de adultos com diabetes mellitus tipo 2 insuficientemente controlada, como adjuvante à dieta e exercício físico, para melhorar o controlo glicémico. As principais indicações incluem:

Além disso, o semaglutido é indicado para a gestão crónica do peso em adultos com:

Também demonstrou eficácia na redução do risco de eventos cardiovasculares major em adultos com diabetes tipo 2 e doença cardiovascular estabelecida.

3. Mecanismos de Ação

4. Aspectos-Chave da Posologia e Modo de Administração

Posologia inicial: A dose inicial recomendada é de 0,25 mg de semaglutido administrada uma vez por semana durante as primeiras 4 semanas. Esta dose inicial tem como objetivo reduzir a ocorrência de efeitos adversos gastrointestinais e não proporciona controlo glicémico pleno.

Aumento gradual da dose: Após 4 semanas, a dose deve ser aumentada para 0,5 mg uma vez por semana. Se for necessário um maior controlo glicémico, a dose pode ser aumentada para 1 mg uma vez por semana após, pelo menos, 4 semanas com a dose de 0,5 mg. Em alguns casos, pode ser considerada a titulação até 2 mg uma vez por semana, seguindo o mesmo intervalo de tempo.

Administração: O semaglutido é administrado por via subcutânea no abdómen, coxa ou braço. O local da injeção pode ser alterado sem necessidade de ajuste da dose.

Horário de administração: Deve ser administrado no mesmo dia todas as semanas, a qualquer hora do dia, com ou sem alimentos.

Omissão de uma dose: Se uma dose for esquecida, pode ser administrada dentro de 5 dias após a data prevista. Se tiverem passado mais de 5 dias, a dose omitida deve ser ignorada e retomar o esquema habitual no próximo dia programado.

Ajuste de dose com outros antidiabéticos: Ao iniciar o semaglutido em combinação com sulfonilureias ou insulina, pode ser necessário reduzir a dose destes medicamentos para minimizar o risco de hipoglicemia.

Populações especiais:

5. Efeitos Adversos e Precauções/Contraindicações Relevantes

Efeitos adversos gastrointestinais: Os efeitos adversos mais comuns incluem náuseas, vómitos, diarreia e obstipação. Geralmente são ligeiros a moderados e tendem a diminuir com o tempo. A titulação gradual da dose pode ajudar a reduzir a incidência destes efeitos.

Hipoglicemia: Quando combinado com sulfonilureias ou insulina, existe um risco aumentado de hipoglicemia. Pode ser necessário ajustar a dose destes medicamentos para reduzir este risco.

Pancreatite aguda: Foram relatados casos de pancreatite aguda. Se houver suspeita ou confirmação de pancreatite, o tratamento com semaglutido deve ser descontinuado.

Retinopatia diabética: Pode ocorrer agravamento da retinopatia diabética, especialmente em doentes com historial da doença e tratados com insulina. Recomenda-se monitorização cuidadosa.

Reações de hipersensibilidade: Foram reportadas reações de hipersensibilidade, incluindo anafilaxia e angioedema. Na ocorrência de reações graves, o tratamento deve ser interrompido imediatamente.

Contraindicações: Hipersensibilidade conhecida ao semaglutido ou a qualquer um dos excipientes. Não deve ser utilizado em doentes com história pessoal ou familiar de carcinoma medular da tiroide ou com síndrome de neoplasia endócrina múltipla tipo 2.

Precauções: Não está indicado para o tratamento da diabetes tipo 1 ou cetoacidose diabética. O atraso do esvaziamento gástrico pode afetar a absorção de medicamentos orais; deve-se ter cautela em doentes a tomar medicamentos com margem terapêutica estreita ou que requerem absorção rápida.

6. Interações Clinicamente Relevantes

7. Aspectos-Chave da Utilização em Populações Especiais

8. Informação aos Doentes

9. Monitorização

Eficácia: Monitorizar regularmente a HbA1c para avaliar o controlo glicémico. Avaliar o peso corporal e os parâmetros metabólicos associados.

Segurança: Observar para sintomas de pancreatite e retinopatia diabética. Monitorizar a RNI em doentes a tomar varfarina. Vigiar sinais de hipoglicemia em doentes em terapia combinada com sulfonilureias ou insulina.

10. Notas Adicionais

11. Pérolas para a Utilização na Prática Clínica

12. Bibliografia


Quetiapina





Física





1. Grupo Farmacoterapêutico e DCI(s)

Denominação Comum Internacional (DCI): Quetiapina.

Grupo farmacoterapêutico: Antipsicóticos atípicos; diazepinas, oxazepinas, tiazepinas e oxepinas. Código ATC: N05AH04.

2. Indicações Principais

A quetiapina é utilizada no tratamento de:

3. Mecanismos de Ação

4. Aspectos-Chave da Posologia e Modo de Administração

Esquizofrenia e episódios maníacos na perturbação bipolar:

Episódios depressivos na perturbação bipolar:

Perturbação Depressiva Major (PDM) como terapia adjuvante:

Populações especiais:

Modo de administração: A quetiapina deve ser administrada por via oral, uma vez ao dia, preferencialmente sem alimentos. Os comprimidos devem ser engolidos inteiros, sem partir, mastigar ou esmagar.

5. Efeitos Adversos e Precauções/Contraindicações Relevantes

Efeitos adversos comuns:

Efeitos adversos graves:

Precauções:

Contraindicações:

6. Interações Clinicamente Relevantes

7. Aspectos-Chave da Utilização em Populações Especiais

8. Informação aos Doentes

9. Monitorização

Eficácia: Avaliar regularmente a melhoria dos sintomas utilizando escalas clínicas apropriadas (p.ex., PANSS para esquizofrenia, YMRS para mania, MADRS para depressão).

Segurança:

10. Notas Adicionais

11. Pérolas para a Utilização na Prática Clínica

12. Bibliografia


Pantoprazol





Física





1. Grupo Farmacoterapêutico e DCI(s)

Denominação Comum Internacional (DCI): Pantoprazol.

Grupo farmacoterapêutico: Antiácidos e antiulcerosos. Modificadores da secreção gástrica. Inibidores da bomba de protões. Código ATC: A02BC02.

2. Indicações Principais

Pantoprazol é utilizado para o tratamento e prevenção de condições associadas ao excesso de ácido gástrico:

3. Mecanismos de Ação

4. Aspectos-Chave da Posologia e Modo de Administração

Adultos e adolescentes a partir dos 12 anos:

Adultos:

Insuficiência hepática: Em doentes com insuficiência hepática grave, a dose diária não deve exceder 20 mg; monitorização regular das enzimas hepáticas é recomendada.

Insuficiência renal: Não é necessário ajuste de dose.

Idosos: Não é necessário ajuste de dose; no entanto, deve-se considerar a função renal e hepática.

Modo de administração: Os comprimidos gastrorresistentes devem ser engolidos inteiros com água uma hora antes da refeição; não devem ser mastigados ou partidos.

5. Efeitos Adversos e Precauções/Contraindicações Relevantes

Efeitos adversos comuns:

Efeitos adversos raros:

Precauções:

Contraindicações:

6. Interações Clinicamente Relevantes

7. Aspectos-Chave da Utilização em Populações Especiais

8. Informação aos Doentes

9. Monitorização

Eficácia: Avaliação clínica dos sintomas gastrointestinais; endoscopia se indicado.

Segurança: Monitorizar enzimas hepáticas em doentes com insuficiência hepática; níveis de magnésio em tratamentos prolongados; parâmetros de coagulação se usado com varfarina.

10. Notas Adicionais

Vários estudos têm investigado os efeitos do pantoprazol e outros inibidores da bomba de protões (IBPs):

11. Pérolas para a Utilização na Prática Clínica

12. Bibliografia


André Filipe Rodrigues da Silva (36162)

Decisão Terapêutica

FMUL

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2024